Thiago Silva estava machucado quando Luiz Felipe
Scolari convocou a seleção brasileira pela primeira vez. Agora, para os
próximos compromissos do time canarinho sob o comando de Felipão, contra a
Itália, na próxima quinta-feira, em Genebra (Suíça), e diante da Rússia, no dia
25, em Londres (Inglaterra), o defensor do Paris Saint-Germain está pronto para
retomar a sua trajetória com a amarelinha. E tudo com “Big Phil” no comando.
- A expectativa é grande depois de um período longe,
afastado. A ansiedade é grande. Foi grande até mesmo no dia da convocação. Por
mais que as pessoas falem, a gente nunca acredita. Só depois de ver o nome na
relação é que você fica aliviado. Estou feliz de estar voltando a jogar depois
de quase dois meses fora – afirmou o capitão.
E a lesão de Thiago Silva não foi fácil. O zagueiro
teve um problema muscular e demorou a se recuperar. Foi entrar em campo apenas
na partida diante do Valencia, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, na
semana passada. Alguns dias antes do confronto, recebeu uma ligação de Felipão.
- Tive uma surpresa na ligação dele perguntando como eu
estava. Eu não jogava há dois meses e iria jogar as oitavas da Champions contra
o Valencia e a convocação sairia dias antes. Ele teve essa preocupação de ligar
e saber como eu estava – disse o defensor, que afirmou não saber se será o
capitão da equipe.
No bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Thiago Silva
relembrou ainda como conheceu Felipão, em 2004.
- Quando me transferi para o Dínamo de Moscou, nós
fizemos uma pequena pré-temporada em Lisboa quando ele comandava Portugal. Tive
a honra de conhecê-lo com o Murtosa. Eles estavam juntos. Será uma ansiedade
grande o primeiro treino, o primeiro jogo sob o comando dele.
Além do reencontro com Felipão, Thiago Silva admitiu na
conversa que a sequência de lesões dos últimos anos o tem preocupado. O
defensor comentou ainda a saída da antiga comissão técnica, comandada por Mano
Menezes e da expectativa de rever ex-companheiros do futebol italiano. Confira
abaixo outros trechos da entrevista com o defensor do PSG.
THIAGO SILVA: O Mano fez um excelente trabalho à frente
da Seleção. Foi um momento difícil como jogador ver a comissão técnica ser demitida
da forma que foi. Ninguém falava muito dessa situação, mas acredito que ele
tenha cumprido o seu papel. Agora é uma nova fase para nós. Um recomeço. Temos
que encarar tudo isso com maturidade e com tranquilidade.
O tempo é curto?
Temos uma boa base que o Mano deixou e o Felipão está
convocando. Isso é uma coisa legal da parte dele. Espero que a gente possa se
entrosar o mais rápido possível. A Copa das Confederações já está aí. Temos
mais quatro amistosos antes da estreia e o quanto antes o time estiver
entrosado será melhor.
As lesões têm atrapalhado nos últimos anos. Fica
preocupado com essa sequência de problemas?
Se falar que não me preocupa, eu vou dizer que é
mentira. A preocupação existe. Estou vendo a melhor solução com o departamento
médico do PSG. Não me machucava muito, mas nos últimos anos tive duas ou três
lesões por temporada. E isso preocupa. Estamos tentando achar uma solução para
minimizar esses problemas o mais rápido possível. Temos a Copa das
Confederações, a Copa do Mundo... São os maiores sonhos de um jogador.
Tem tomado alguma precaução maior por conta dos
problemas físicos?
Quando nos machucamos muito, nós queremos fazer tudo o
que os especialistas passam para nós. Infelizmente, quando achamos que estamos
bem, nós deixamos de fazer algumas coisas. Depois dessa última lesão, eu tive
um crescimento nesse aspecto (de cumprir todas as etapas). Tenho que ser mais
responsável comigo mesmo. Estou trabalhando muito no meu dia a dia. Antes do
treino, depois do treino, para evitar essas lesões, eu tenho trabalhado muito.
Tem acompanhado o trabalho do Felipão?
Embora eu nunca tenha trabalhado com o Felipão, eu
sempre acompanho. Quando um treinador brasileiro passa por um bom momento,
ganhar grandes títulos, você passa a olhar ainda mais. Depois do Mundial de
2002, eu passei a acompanhar ainda mais. Na época, eu atuava no RS, começando a
minha carreira. Comemorei muito aquele título. Agora, estou ansioso para
iniciar essa trajetória.
Soube que o presidente da CBF, José Maria Marin, tem
ligado em datas importantes. É verdade?
É uma coisa legal esse tipo de contato. Você vê que tem
uma importância quando você recebe esse tipo de ligação. Seja do Marin, do
Felipão. Você percebe que é importante para o projeto e a sua responsabilidade
aumenta muito. Fico feliz com esse tipo de ligação porque nunca aconteceu na
minha vida, na minha carreira.
Teve contato com ex-companheiros de Milan ou jogadores
que atuaram com você no futebol italiano?
Na verdade, não tive contato com ninguém. Só com o
pessoal do PSG, o Sirugu (goleiro) e o Verrati (apenas o arqueiro foi
convocado). Vou voltar a jogar contra alguns jogadores que já foram campeões do
mundo. Será um orgulho grande. Que vença o melhor e que o melhor seja a
Seleção. No fim dessa partida, eu devo trocar de uniforme com o Sirigu.
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